sábado, 26 de abril de 2008

NOS REDEMOINHOS DE DEUS

Às vezes me pego pensando, de como deve ficar congestionado o sistema de “atendimento ao consumidor” lá nos céus em dia de domingo.
De quantas mesas telefônicas serão necessárias sem contar os anjos do “tele marketing”.
Milhões de “chamadas”, para o mesmo número de anjos, sim porque a população mundial aumenta assustadoramente, porem o número de anjos permanece inalterado, alias um terço foi “demitido” porque aderiram a “greve” proposta pelo seu“líder sindical” .
Maldito seja este sindicato!!
E se ao invés de pedidos solitários, fisessemos no estilo “abaixo assinado”, não seria menos burocrático e mais ágil o atendimento?
Pastor no culto de domingo, se transforma em “despachante cartorário” tendo que protocolar petições “autenticar” certidões de conversão e atestados de paternidade para aqueles que têm duvida se, só o “sangue de Jesus” basta, ou tem que trazer a “carteirinha” de servo fiel também.
Sem contar os “atestados de saúde” como: quebra de maldição, cura interior e principalmente se toma todo mês, aquele “copinho de vinho com pão”, para garantir ,sabe , tipo “doze de reforço”?
Agora pergunto:
E quando praticamos tudo isso não falo que é ruim, só menciono para que coloquemos tudo dentro de uma perspectiva correta, pois bem , quando praticamos tudo isso, e “nada acontece”?
Pior, e quando temos aquela sensação que as coisas pioraram?
Como diz o nosso querido irmão “coty”: ”quando chegamos à igreja com aquela cara de crente”.
Tentamos esconder a qualquer custo, aquele “quebra-pau” que tivemos com nossas esposas, maridos ou filhos, todo aquele “recalque” que nos fere e nos magoa profundamente.
Que saudades do tempo das fitas de vídeo, que mesmo na nossa ausência, efetuava “gravações” dos programas que justamente passava bem no horário do “culto”.
É o tipo de coisa que ninguém fala, mas todo mundo pensa, não é?
Exercíamos a “onipresença” ainda que em vídeo tape.
Independente de todas esses fatos e conjecturas podemos discernir Deus em seu grande amor, ternura e imensurável compaixão disposto a nos receber em seus braços.
Lembro que na década de setenta, havia um seriado na televisão chamado: “COMBATE”.
Seria uma equipe de soldados, muito bem treinados para missões relevantes em meio à guerra, seria como uma “tropa de elite” de hoje.
Junto com meus amiguinhos da rua, ”simulava mos” este seriado; cada um de nós “incorporando” o personagem preferido planejava mos alguma missão.
Era impressionante, como decorávamos as “falas”, imitando os trejeitos característicos de nossos ídolos.
Muitas vezes, meu pai, que no passado também foi militar, divertia se com nossas “papagaiadas”.
Justamente, nós imitávamos porem sem nenhum entendimento do que falávamos.
Achava tudo muito engraçado não nos recriminava em nada, nem muito menos, interferia, só apreciava.
No final daquela “divina comédia humana”, papai fazia a todos os “atores”, uma convocação urgente para uma missão mais importante ainda, ele nos chamavva para tomar sorvete na padaria.
Era uma festa, imaginem um “batalhão de bravos pixotes”, todos sentados à calçada se lambuzando e fazendo piadas uns dos outros ao mesmo tempo brincando com meu pai.
Hoje aos quarenta e quatro anos de idade, fico pensando se não estaria praticando as mesmas “micagens” de minha infância .
Às vezes canto hinos que não sei o significado das palavras, outras vezes bato palmas só porque me mandaram,me sento,me levanto,me sento outra vez,tornando a levantar em seguida,porque?
Porem, um dia inadvertidamente, somos tomados pelo: “ REDEMOINHOS DE DEUS”.
“Havia um homem na terra de Uz,cujo nome eraJó.Este homem era íntegro e reto;temia a Deus e se desviava do mal”. (Jó 1:1)

“Então disse o Senhor:observastes a meu servo jó ?Não há ninguém na terra semelhante a ele,homem íntegro e reto,que teme a Deus e se desvia do mal” (Jô 1:8)

“Respondeu Satanás ao Senhor: teme Jô a Deus em vão? (Jô 1:9)

“Disse Deus a Satanás:Muito bem,tudo o que ele tem está em seu poder.....” (Jô 1:12)

“quando, de repente,sobreveio um grande vento da banda do deserto,deu nos quatro cantos da casa,a qual caiu sobre eles,e morreram;só eu escapei para te trazer a notícia”. (Jô 1:19).



Todo um esforço é desprendido no sentido de obtermos alguma coisa de Deus, porem, Deus mesmo pode nos responder com um grande “vento” em nossas vidas.
E aí, como ficamos?
Nosso senso de valores e méritos são bruscamente aviltados, ficamos sem chão, perdemos nossa “bússola” espiritual.
Lembro-me de um filme, em que a trama se desenvolve em alto mar, toda uma família a bordo de um iate, quando um furacão se forma bem acima daquela embarcação.
Imagine que seu iate esteja boiando no epicentro de um furacão.
Qualquer direção que se tomasse, a embarcação teria que ir junto caso contrário, seria despedaçada pela gigantesca tromba dágua que os emparedou.
No centro ou “olho” do furacão, um ambiente de pura “paz” e “calma” se forma, já que essa enorme muralha de água impede a ação do vento, transformando este espaço em um verdadeiro “lago”. Após tantas milhas navegadas, o inevitável acontece:
“Acaba se o combustível”.
A única comunicação passa ser por radio, que por excesso de interferência acabava falhando.
Marinha e aeronáutica fazem um tremendo esforço para resgatar a família, entretanto, as condições climáticas eram totalmente desfavoráveis.
Uma atmosfera de “impotência” se instala, cada tentativa frustrada minimiza as esperanças.

E quando colocamos os nossos olhos no nosso“painel” de combustível, e percebemos que estamos na “reserva” da reserva.Teremos que ficar a “deriva” no alto mar de nossas vidas sabendo que ondas gigantescas nos cercam,querendo nos engolir.
Quando para todos os lados que olhamos, só vemos “morte” eminente.
Nosso radio ta” falhando”, não alcançamos ninguém , e por ninguém somos alcançados.
Do ponto de vista de quem está dentro de um furacão,o céu que está logo acima,fica isento de nuvens,ou seja, no centro do furacão faz um “dia lindo”.Esta parede líquida também impedirá que algum som atravesse de fora para dentro, ou melhor: navios, ilhas ou cidades podem estar sendo “devastadas” porem no centro do furacão, silêncio se faz.
Quando cantamos aquela musiqueta: “Eu te busco, te procuro Oh! Deus, no silêncio, tu estás....”
Tenho exatamente essa impressão: Estou no “olho” do furacão de Deus.
Em todos esses anos de “marinharía-cristã”, nunca vi ninguém escapar dos “redemoinhos de Deus”.
Alguns “marinheiros” mais antigos costumam denominar este “fenômeno” no mar de nossas vidas como “pecados-ocultos”.
Outros, não tão fundamentalistas, talvez um pouco “românticos”, chamariam de:” “Estou sofrendo por amor de Cristo”.

E você, que nome daria? A que, ou a quem, você atribuiria este evento?
Desculpe o sarcasmo: ”é vento”.

“Ainda há outra vaidade sobre a terra:há justos a quem acontece segundo as obras ímpios,e há ímpios a quem acontece segundo as obras dos justos.Digo que também isto é vaidade” (Ec 8:14).

“Vi algo mais debaixo do sol:Não é dos ligeiros o prêmio,nem dos valentes a vitória ,nem tampouco dos sábios o pão,nem ainda dos prudentes a riqueza,nem dos entendidos o favor,mas que o tempo e a sorte ocorrem a todos” (Ec 9:11).


Quando toda nossa “teologia” ou “ideologia” são apanhadas pelo redemoinho, tudo acaba voando pelos ares. Somos “despedaçados em nossa auto-justiça”

Ser amados por Deus, será por vezes um grande “paradoxo” (uma verdade escondida numa contradição aparente).

DEUS RESPONDE:

“Depois disto o Senhor respondeu a Jô de um redemoinho.” (Jô 38:1).

O mesmo “incidente –meteorológico” que arremete se contra os filhos e filhas de Jô”,agora fala!

Quando o “bom” se torna “mal” e o “mal” se torna bom, ficamos perplexos.

“Na verdade que depois que me converti,arrependi-me;depois que fui instruído,bati na minha coxa .Fiquei confundido e envergonhado ......” (Jr 31:19)

“Mudou o Senhor a sorte de Jô ,quando este orava pelos seus amigos,e deu o Senhor a Jô o dobro de tudo o que antes possuíra” (Jô 42:10).



Um submarino Russo que estava “espionando” em águas próximas é deslocado para aquela área do furacão que “emergindo” bem ao lado do iate, efetua o resgate.

É assim que é,ou não?

Fim

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