segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Justiça

Já muito se tem falado a respeito desta palavra, “JUSTIÇA”, em vários aspectos da vida humana. Utilizam-se desta expressão para varias ocasiões, como no âmbito civil, onde advogados ‘versus’ promotores confrontam–se nos tribunais, na tentativa de incutir aos ouvidos do júri sua própria concepção de “justiça”, que, claro, sabemos ser, por que não dizer, “flutuante”, conforme a necessidade.

Temos também outra situação cada vez mais comum em nossos telejornais, em que parentes de vitimas pedem por “justiça” às autoridades, muito mais com o caráter de “olho por olho, dente por dente”, do que uma análise circunstancial dos fatos em júri.

Em nossas famílias, geração após geração, tentam implementar conceitos éticos- comportamentais de justiça, tais como: sempre fazer o bem, não olhando a quem; obedecer papai e mamãe; e outros dogmas que ao serem alcançados, fazem com que a pessoa se sinta justa perante a sociedade.

No aspecto religioso, independente de credo ou culto, sempre nos é oferecido um caminho, jornada ou qualquer coisa que o valha, para que alcancemos os “louros” de justiça. Porém, Deus, por meio de sua palavra escrita, tem nos deixado um conceito um pouco mais profundo a respeito de “justiça”.

Interessante que Deus tenha imputado justiça às pessoas que, segundo todos os parâmetros mencionados acima, não se encaixariam com os mesmos. Poderíamos começar pelo “desertor” Abraão, que deixou seus parentes, cessando assim uma cadeia de controle e administração familiar para os futuros descendentes, preferindo sim, uma carreira incerta pelo deserto e em cidades.

Outro que me vem à mente, a pessoa de Gideão. Homem que estava mais preocupado com as “safras” a serem colhidas e manufaturadas, do que com o plano redentor de Deus para seu povo, por intermédio de um simples “fazendeiro”.

Percebo, então, que existem duas “justiças” funcionando simultaneamente. Uma, segundo parâmetros humanos, que é limitada por credo, região e/ou conveniência, e outra, que é celestial, que não se prende a nada, senão ao próprio Criador. Desta maneira gostaria de ir mais a fundo nesta expressão de “JUSTIÇA”. Porém àquela que vem do alto, do Pai das luzes, onde não pode haver dúvida ou variação.

No livro de ROMANOS 4:13, lemos:

“NÃO FOI POR INTERMÉDIO DA LEI QUE ABRAÃO, OU SUA DESCENDÊNCIA COUBE A PROMESSA DE SER HERDEIRO DO MUNDO; E, SIM, MEDIANTE A JUSTIÇA DA FÉ”.

JUSTIÇA - No original encontramos a palavra “DIKAIOSUNH”, que no grego significa: Ser aceito por Deus, estar correto, alinhado com Ele, estar fazendo a coisa certa, no tempo certo e de maneira certa para Deus.

Já, em ROMANOS 5:18, encontramos a palavra “justificação” como um derivado, ou seja,

“POIS, ASSIM COMO POR UMA SÓ OFENSA VEIO JUIZO SOBRE TODOS OS HOMENS PARA CONDENAÇÃO, ASSIM TAMBEM POR UM SÓ ATO DE JUSTIÇA VEIO A GRAÇA SOBRE TODOS OS HOMENS PARA A JUSTIFICAÇÃO QUE DÁ VIDA”.

JUSTIFICAÇÃO - No original encontramos a palavra “DIKAIWSIN”, que significa: Ato de Deus que declara o homem livre de culpa e aceito por Ele.

Paro pra pensar que, “JUSTIÇA” e “JUSTIFICAÇÃO”, são atitudes divinas, da qual o homem não tem nenhum controle, ele somente reage a uma ação de Deus.

Voltando ao exemplo de Abraão, ele andava em um padrão de justiça, de repente é atingido pela “JUSTIÇA” de Deus, deixando para traz todo seu passado “justo” e começando uma nova jornada, porém, agora, debaixo da “JUSTIÇA” de Deus.

O que seria de nós caso esse homem resolve-se não atender a esse chamado?

Então, apliquemos esse conceito de “DIKAIOSUNH” hoje em nossas vidas, ou seja, trocarmos nossos parâmetros de “justiça”, por um “modelo” mais elevado. Deus sempre que toca a terra, sua intenção é cambiar alguma coisa, trocar valores, direcionar ou redirecionar, com o propósito de finalizar.

Do ponto de vista humano, pode ser espantoso como a “tecnologia” empregada por Deus para a “JUSTIÇA” e “JUSTIFICAÇÃO” do homem, pode mudar radicalmente. Imaginemos que por aproximadamente 4.000 anos, Deus justificava o homem por sacrifícios de animais e observâncias de leis, e em um só dia, e ainda por cima sexta-feira, dia que antecede o feriado semanal judaico, um homem é levantado numa cruz, e pronto, já no sábado (shabat), todo sacrifício e rezas não valeriam mais nada para Deus.

Trazendo para nossos tempos significa que: um dia reconheci Jesus como meu Salvador, estou “justificado”, mas se nego o Dom do Espírito Santo eu cometo uma “injustiça”; da mesma maneira, se eu reconheço o Dom, mas nego os 5 ministérios da igreja que Cristo mesmo doou (Efésios 4:11), então estou andando em “injustiça” perante Ele; e se nós estamos “avivando” quando Ele quer “reformar”, estamos andando em “injustiça” perante Ele.

Cabe a cada um de nós, ouvirmos de Deus o que, quando, como, onde e por quanto tempo seu plano e propósito para nós neste tempo chamado “hoje”.

JOSÉ. A. A. TEIXEIRA

MINISTÉRIO DOKIME NET WORK

http://dokimenetwork.blogspot.com/

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